Jakob Böhme (1575-1624) foi autor de uma obra teosófica centrada em torno da busca do Absoluto e sua dialética – o que lhe valeu, posteriormente, ter sido considerado o precursor dos idealistas pós-kantianos.
Mas em vida exercia o ofício de sapateiro. Tão bom, que Carlos I enviou a Görlitz um de seus sábios a soldo, para estudar o místico sapateiro, que tinha em elevado conceito.
O tal sábio teve mais sorte do que o rei, pois enquanto Carlos I acabava com a cabeça cortada em Whitehall a mando de Cromwell, seu enviado perdia só o entendimento em Görlitz, com a teosofia de Böhme.
Quem conta é o poeta Heinrich Heine (1797-1856).
Marly N Peres