Longe de mim achar que a nova regra de plural de adjetivos, ou de feminino de substantivos é algo sensato e inclusivo : não, não acho. Meu espírito feminino não precisa desse tipo de regra abstrusa para eu me sentir mulher. Pelo contrário, penso que estaremos, uma vez mais, nivelando por baixo. Afinal, em português, francês, espanhol temos uma riqueza – aliás várias – que a língua de Shakespeare não tem, com seus plurais unissex e seus femininos idem, uma pobreza.
A querela toda diz respeito a 1) os substantivos comuns de dois e sobrecomuns, aquilo de dizermos o dentista/a dentista, e a testemunha, a criança, o algoz, o cônjuge. E 2) aos plurais : uma irmã e um irmão = dois irmãos.
Um punhado de inconformados resolveu que tanto os substantivos comuns de dois quanto os sobrecomuns deixarão de existir, simplesmente. Toda palavra teria dois gêneros, algo como a dentista/o dentisto, a testemunha/o testemunho (a palavra já existe com outro significado, vai dar confusão…), a criança/o crianço, o algoz/a algoza, a cônjuga/o cônjuge.
Quanto aos plurais, seriam unissex : uma irmã e um irmão = dois irmães (ou coisa do gênero).
Socorro !!
Marly N Peres