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A navalha de Ockham

“Uma pluralidade não deve ser estabelecida sem necessidade.” G. de Ockham,  Quæstiones et decisiones (comentário sentenças)

Essa é uma das muitas versões da fórmula que ficou famosa como “navalha de Ockham” : “Para explicar um fenômeno, é preciso se livrar das complexidades inúteis”. Afiadas quanto uma navalha, as soluções mais simples são em geral as melhores.

É o princípio de simplicidade, que se transformou em credo da ciência, mas que no início tinha uma conotação metafísica. Ockham afirmou que devemos nos esforçar para explicar as coisas procurando as causas na realidade, e não em preceitos abstratos.

O alvo dele eram noções metafísicas, como a de “milagre” ou a da chamada “essência”. Ele, que era teólogo, sabia bem que a doutrina religiosa pretende que a tal essência é uma coisa em si mesma, separada da existência particular que a torna possível.

Marly Peres